Depois de quatro anos na Inglaterra, treinando com uma estrutura exemplar na cidade de Gateshead, Jadel Gregório voltou ao Brasil no início de 2010. Não por voltade própria, como ele mesmo ressalta. Depois que parou de receber ajuda da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), o atleta não tinha mais como se manter no exterior e a única opção era o retorno. Foi morar em São Paulo, sem um clube por trás nem local de treinamento. Depois de pedir um favor à gestão do Ginásio do Ibirapuera, Jadel vem treinando sozinho no pista paulista, fechada para obras que ainda não começaram. Mesmo com poucos recursos, ele conseguiu um bom resultado no GP Brasil de atletismo, no domingo, no Rio de Janeiro. Bronze em uma prova de salto triplo com os líderes do ranking, o britânico Phillips Idowu e o cubano Alexis Copelo, ele abre as portas para um novo local para treinar.
- Estou esperando algum contato. Já estou sem clube há mais de um ano. Qualquer proposta será muito bem-vinda. Voltei para o Brasil meio forçado, por conta dos problemas com a Confederação. Estou longe de técnico (Peter Stanley), estrutura, de tudo. Estou perto da família, das pessoas que me querem bem. Mesmo assim, estou mostrando meu trabalho. Sou um homem livre. Graças a Deus não sou preso a lugar algum. Sou uma pessoa do mundo. Meus filhos ainda estão em uma fase que podem se mudar com tranquilidade, mas daqui a uns dois, três anos, vou precisar colocá-los em um colégio. Então, agora, posso me deslocar. Rio, Minas, São Paulo... se tiver oportunidade, não vou dizer não - afirmou.
Sou uma pessoa do mundo"
Jadel Gregório
Jadel quer mostrar que ainda pode ajudar a qualquer equipe e ao Brasil. Mas ele espera que uma boa proposta apareça em breve.
- O que eu puder fazer para somar, farei. mas só se for para fazer o bem. Nunca entrei em coisas erradas. Sou seletivo para fazer só o bem. Mas brasileiro tem fé. A gente luta até o fim.
O atleta ainda se recupera de uma tendinite crônica nos dois joelhos. No ano passado, seus resultados ficaram prejudicados pelas lesões. Ele afirma que, mesmo sem estar 100%, já melhorou bastante.
- Ainda não estou curado, mas consegui saltar bem. Não está como no ano passado. Fiz uma ressonância magnética e revelou uma tendinite crônica. Mas nada grave. Estou fazendo tratamento e logo estarei bem - garante.
Jadel cobrou também uma maior utilização do Estádio do Engenhão. Para ele, o local tem uma boa estrutura para receber competições e treinamentos, mas precisa ser mais utilizado.
- Eu acho ótimo, desde que os atletas possam usar. Gosto muito de competir no Engenhão, sempre vou bem. Mas acho que deveria ter mais espaço para os atletas. Eles deveriam poder desfrutar mais do local.
Os planos de Jadel são de competir no Meeting de Uberlândia, nesta semana e, em junho, os Jogos Ibero-Americanos, na Espanha.
Fonte: Globoesporte.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário