
Fabiana, assim, igualou façanha que apenas quatro atletas do país haviam conseguido. Antes dela, Zequinha Barbosa (800m), em 1986, Robson Caetano (200m), em 1989, Claudinei Quirino (200m), em 1999, e Maurren Maggi* (salto em distância), em 2002, trouxeram o título para o país, épocas em que a principal série do atletismo tinha outros nomes. O último deles, Golden League.
A brasileira terminou a competição com 23 pontos. A russa Svetlana Feofonova foi a vice-campeã, com 14, enquanto a alemã Silke Spielburg ficou em terceiro lugar, com 11.
A Diamond League é uma série composta por 14 meetings da IAAF. Cada uma das 32 provas, porém, só precisa estar presente em sete deles. Nas seis primeiras etapas, a medalha de ouro vale quatro pontos; a prata, dois; o bronze, um. Na última, no entanto, a pontuação é dobrada.
O campeão de cada uma das 32 modalidades ganha US$ 40 mil (cerca de R$ 70 mil) e leva para casa um troféu de diamante.
Paciência para ficar com o título
Como precisava de um segundo lugar para ser campeã, a brasileira teve paciência para fazer o primeiro salto. Não foi à pista nas três marcações iniciais. Suas rivais na disputa pelo título, a russa Svetlana Feofanova e a alemã Silke Spielburg, saltaram antes, em 4,41m. E acertaram.

A pressão sobre Fabiana, então, aumentou. Mas seu primeiro salto, em 4,51m, foi perfeito. Com o sarrafo em 4,61m, acertou mais uma, assim como Feofanova e Spielburg. Todas ficaram fora da marca de 4,66m e foram direto para a de 4,71m.
Fabiana e Svetlana acertaram. Silke errou a sua tentativa e a de 4,76m. O caminho, então, ficou mais fácil. Na sequência, a brasileira saltou para 4,76m e conseguiu mais uma vez. Sua última rival ficou pelo caminho. Fabiana, ali, conquistava a Diamond League. Mas ela queria mais. Superou o sarrafo em 4,81m e foi direto para 4,90m, na tentativa de superar a líder do ranking, a americana Jennifer Suhr. Errou os três saltos. A liderança, então, ficou para depois.
Ano de superação
O ano de 2010 tem sido de superação. Após a frustração com a perda da vara nas Olimpíadas de Pequim e o quinto lugar no Mundial da Alemanha, a saltadora deu a volta por cima. Em janeiro, foi campeã no Mundial Indoor de Doha, superando Isinbayeva, ao saltar 4,80m.
A lista de conquistas continuou com o ouro no GP Brasil, no Rio (4,75m), no Ibero-Americano de San Fernando (Espanha), com a melhor marca do ano e o novo recorde sul-americano (4,85m) e nos meetings da Diamond League de Mônaco (4,80 m), Roma (4,70 m), e Eugene (4,58 m). Além disso, foi prata em Gateshead (4,66 m) e bronze em Estocolmo (4,51 m).
O segundo semestre de Fabiana foi talhado para fazê-la evoluir. Até o Mundial do Catar, Fabiana percorria 36 metros dando 16 passadas rumo ao sarrafo. A partir daí, começou a treinar um salto percorrendo a mesma distância em 18 passadas. Além disso, trocou as varas antigas, com 4,55m, por outras maiores e mais fortes, com 4,65m.
Deu certo. Após período de adaptação, continuou sobrando no circuito. Depois de brilhar nas etapas da Diamond League, chegou ao topo nesta quinta, garantindo o título da competição.
Fonte: Globoesporte.com
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